quarta-feira, abril 05, 2006

A lei do mais forte


Em primeiro lugar, deixar claro que o Benfica fez este ano uma campanha extraordinária, muito além daquilo que os mais optimistas previam. Por isso estou grato pelos bons momentos que me proporcionaram a mim e a todos os benfiquistas.

Fomos eliminados. Fomos bem eliminados. Já haviamos tido imensa sorte no jogo da Luz. Julgo que esgotámos o stock na grande penalidade defendida por Moretto. Por falar em Moretto, uma palavra para ele, que pela primeira vez fez um jogo sem mácula desde que está no Benfica.

Este jogo foi um pouco a continuação do anterior, só que ainda mais evidente. Frustrou-me ver que, depois de Koeman vir a público dizer que nem ele nem os jogadores tinham medo do Barcelona entraram todos "acagaçados", tal era a forma como despachavam a bola.
O máximo de tempo que a bola conseguiu estar em nosso poder foram 16 segundos, sendo que nessa jogada, que partiu de um passe de Moretto, os jogadores catalães não se deram ao trabalho de pressionar, pois sempre que pressionavam o tempo reduzia para 5/6 segundos, tal a tremideira. Frustrante no mínimo. Ainda mais frustrante porque se sabe que jogadores como Simão, Geovani, Manuel Fernandes, Miccoli e Léo sabem ter a bola nos pés.

Petit fez um jogo péssimo, excessivamente nervoso, com perdas de bola infantis que davam contra-ataques do Barcelona, como foi o do segundo golo - não vou falar do primeiro golo, pois decerto 99% dos blogs tratará de dissecar esse lance. Normalmente fico mais irritado e sou muito mais exigente com quem me habitua a fazer bons jogos.

Não percebi a estratégia de Koeman, para mim, ele continua a ser um equívoco, apesar de lhe dar algum mérito por termos chegado onde chegámos.
O seu fetiche por Robert já se começa a assemelhar ao de Mancini por Mihailovic. A sua implicância com Manuel Fernandes, que a meu ver estava a ser dos mais calmos e aplicados em campo, já não é de agora.

O Benfica perdeu e perdeu bem. Eu, sinceramente não gosto de perder assim, sem ver a minha equipa lutar por algo mais, mesmo que do outro lado esteja aquela que por muitos é apelidada da melhor equipa do momento.

Até poderíamos, por um capricho do destino, ter marcado e passado, mas nunca fizemos por isso. Mesmo na Luz, apesar de algumas oportunidades na segunda parte, fomos demasiado tenrinhos.

Espero sinceramente, que o capital moral desta campanha que volto a afirmar, foi extraordinária, não seja deitado fora e que para o ano, possamos estar de volta, com mais experiência, tentando novamente fazer coisas bonitas.