quinta-feira, julho 26, 2007

Obrigado e boa sorte...

Foi-se embora o nosso melhor jogador.

Aquele que foi muitas vezes considerado o nosso abono de família.

Aquele que nestes últimos anos tem sido salvo rara excepção o nosso melhor marcador, não sendo ponta-de-lança.

Aquele que marcou o golo que nos deu o último e único campeonato em 11 anos.

Aquele que marcou o golo que derrotou o porto de mourinho numa final, final da Taça.

Aquele que marcou o último golo da antiga Luz.

Aquele que marcou o primeiro golo oficial no novo Estádio (com sabor amargo dada a derrota com o Beira-Mar).

Aquele que marcou o golo com que eliminámos o Liverpool em Anfield Road, infligindo-lhes a única derrota caseira europeu em 4 anos.

Aquele que marcou o golo que nos deu tanto gozo em Alvalade este ano.

Aquele que foi, até hoje o capitão de equipa, e, ao contrário do que muitos, até benfiquistas opinaram, soube encarnar bem a figura, sendo sempre empenhado, querendo sempre ganhar, atacando e defendendo, jogando bom ou lesionado.

Teve episódios lamentáveis, como a rábula da discussão pela braçadeira com Helder, mas soube bem usá-la.

Simão será um marco no Benfica. Fez muito estes 6 anos que cá esteve.

Camacho disse a respeito dele, que ele sim, era o imprescindível no Benfica, a vedeta com "V" maiúsculo. Trappatoni balbuciou "Graças a Deus temos Simão...". Koeman chegou a mencionar que Simão se encontrava a mais neste campeonato. Fernando Santos mencionou pesadelos se o perdesse.

Eu próprio já começava a achar demasiada sorte ainda o mantermos cá, ano após ano, dando aí o mérito ao Presidente, por ter tentado todos estes anos manter os melhores jogadores. Só assim se constrói uma equipa vencedora - com os melhores.

Na altura que Simão veio para o Benfica eu fui um dos maiores críticos. Nunca gostei de trazer para o Benfica jogadores que eu considero impuros, por já terem jogado nos rivais. Mas Simão convenceu-me do contrário, e foi o artista desta equipa durante este tempo, chegando a carregar também piano, tantas e tantas vezes se sacrificou mantendo-se em campo debilitado, como foi exemplo o ano passado em que, jogos houve em que o Léo era o extremo e Simão o defesa esquerdo.

Jogadores completos como o Simão não há muitos e, mesmo esses demoram-se a fazer, da mesma forma como demoram a adaptar-se a uma realidade nova, novo clube, novos companheiros, novas tácticas e novas maneiras de jogar. Também por isso será tarefa hercúlea substituir Simão.

Desejo-lhe o melhor e que as coisas lhe corram de feição.

2 Comments:

At 11:20 da manhã, Anonymous Anónimo said...

vai fazer muita falta vai...

 
At 11:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

não faz cá falta nenhuma, ainda gostava de saber como foi possivel ser considerado o melhor jogador da liga do ano passado

 

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