segunda-feira, novembro 24, 2008

90 minutos a olhar para Binya e achar bem

O texto seguinte é retirado na integra do site MaisFutebol, para tentar provar o bom jogo de Bynia ontem, e a influência que têm a má fama sobre certos jogadores, que neste caso são incapazes de passar o jogo sem levar um amarelo, mesmo que injustamente.

"Maisfutebol passou 90 minutos a olhar para Binya, um dos jogadores mais discutidos dos últimos meses em Portugal. Poucas vezes utilizado por Quique Flores, mereceu confiança e respondeu de forma muito positiva.
O médio participou em 61 acções com bola, sinal de que esteve bastante presente na partida. Binya procurou errar poucas vezes, jogando sem risco e distinguindo-se pelo bom trabalho de marcação.
A primeira vez que tocou na bola foi aos três minutos, com um passe para Maxi Pereira. A seguir rematou contra a barreira e um toque para Yebda. No minuto sete perdeu a bola, recuperando-a logo a seguir, o que de resto sucedeu mais algumas vezes.
Os próximos passes foram simples, para trás, em direcção a Luisão e Sidnei. Sempre que arriscou passe um pouco mais longos, o destinatário preferido foi o lateral direito Maxi. O primeiro passe logo perdido foi aos 19 minutos. Aos 21 fez o primeiro corte. Momento raro, aos 40: remate de pé esquerdo. Muito longe da baliza.
A primeira falta, e única antes do intervalo, acontece aos 45 minutos. Garcés foi a vítima. Antes do descanso, desarme sobre Luís Nunes.
Binya regressa do balneário ainda mais confiante. Logo a seguir ao 2-0, Ganha duas bolas de cabeça, faz outros tantos cortes. Aos 55 assiste Cardozo para um remate de longe do paraguaio. Sai em direcção ao guarda-redes da Académica. Mais toques curtos, mais passes de cabeça, mais dois cortes.
Aos 66 perde uma bola. Aos 67 faz um passe errado. Aos 68 o árbitro assinala uma falta e mostra-lhe o cartão amarelo. A repetição mostra que Binya está inocente, mas é mais um exemplo de que a fama de duro tem um preço. Curiosamente, antes do jogo as câmaras mostraram uma conversa de Pedro Proença com o camaronês, como que a aconselhar-lhe um jogo calmo.
À entrada para o último quarto de hora o Benfica preocupa-se essencialmente em controlar a partida e segurar os dois golos de vantagem. Binya mantém o registo sóbrio e seguro. Cede um canto, mas depois acerta cinco passes seguidos, todos certos. Um bom corte aos 82 minutos, o segundo remate acontece logo a seguir. Também para fora, de primeira, com Binya a rir-se do próprio desastre.
Nos últimos instantes Luisão sente uma dor e sai. Binya desce para central. Só precisa de fazer um passe para Quim. Pedro Proença apita."