Gosto do Alcides. Pelas análises da blogosfera devo ser dos poucos (a par do
Guitarrista) que não o crucificaram após aquele mau jogo contra os do Lumiar. Achei que dada a forma de jogar e à olhando também à sua estatura, era a melhor alternativa para o lado direito. A má forma de Nélson também o justificava.
A meu ver Koeman também lhe deu mais minutos (que ele aproveitou para solidificar a titularidade) pensando no adversário da Champions, o Liverpool. Não fazia muito sentido lançá-lo à s feras apenas nesse jogo, convinha que já estivesse rotinado e entruzado com o resto do quarteto defensivo. Fê-lo (Koeman) muitíssimo bem e Alcides provou-se crucial na eliminatória quando se contabilizaram os centímetros na hora do chuveirinho típico de equipas inglesas.
Nélson foi das figuras de proa do Benfica do início da época, um dos intocáveis. Esteve muitíssimo bem, atingindo níveis altíssimos comparáveis apenas aos níveis apresentados nesta altura por Léo. No entanto, a determinada altura, começou a perder fulgor, chegando a fazer jogos que em bom português, "não dava uma para a caixa". Perdia-se em fintas sem sentido e até os seus cruzamentos, sua imagem de marca já não saíam com a conta, peso e medida que era costume.
Neste momento, após ter passado alguns jogos no banco, parece-me que terá acalmado os nervos, descansado os musculos e estará pronto para voltar a dar o seu contributo à equipa.
Digo isto tendo também em consideração o próximo adversário do Benfica na Champions, o Barcelona. Todos sabem do diferencial qualitativo que separa os avançados do Barcelona dos que fazemparte do plantel
ainda campeão europeu. Tanto Etoo, como Giully, como Ronaldinho, não esquecendo Larsson ou Iniesta, são avançadaos rápidos, com bom toque de bola e muita técnica. Todos sabem também da preferência em termos de terrenos alheios que o prodígio brasileiro gosta pisar. Ronaldinho, quando não está no centro, gosta de atacar da esquerda par o meio, fazendo estragos num movimento típico, misto de drible, velocidade e força
não necessáriamente por essa ordem.
Alcides, embora fosse por mim considerado o melhor homem para o jogo do Liverpool, não me parece que seja o homem ideal para travar Ronaldinho. Isto porque não é muito bom de rins, perdendo também em velocidade, o que não abona muito em seu favor, tendo em conta o espaço que costuma deixar nas suas costas.
A meu ver, um Nélson em boa forma sería a mlhor forma de evitar as habituais incursões do brasileiro pela nossa ala direita, para além de garantir mais possibilidades de contra-atacar com êxito, se conseguir voltar a apresentar aqueles cruzamentos tensos
meio golos que costumava fazer.
Conhecendo Koeman, e sabendo da propensão que tem para mexer, não me surpreendia, e até aplaudia se agora começasse a descansar Alcides e moralizasse Nélson. Parece-me que aí pode residir uma das chaves da eliminatória.