quarta-feira, julho 12, 2006

Mi-mi... Miccoli!!!


É impossível ficar indiferente a Miccoli. É o tipo de jogador que o adepto gosta de ter na equipa: raçudo, com vontade, qualidade e uns pózinhos de magia.

Era o avançado que faltava... ou por outra, pelo que diziam faltavam 2 avançados. E a mim, palpita-me que o outro é, nada mais nada menos que Simão. E digam-me o que disserem, Simão mesmo de má vontade tem mais futebol nos pés do que metade da equipa.

Agora digam-me se uma equipa que apresenta à frente Rui Costa, Simão e Miccoli não dá vontade de sonhar?


Se se confirmar, o campeonato de 2006/7 será um dos mais fortes (em termos de jogadores de qualidade) dos últimos anos. Basta analisar os plantéis dos 3 grandes e compará-los com plantéis anteriores.

quarta-feira, julho 05, 2006

Raios parta...



A quente

Raios parta o jogo, raios parta a bola caprichosa, raios parta a nossa falta de pontaria, raios parta os centrais da França, raios parta o tal jogador que já estava velho, raios parta a implicância de Scolari com os pontas de lança da treta, raios parta o árbitro, raios parta os jogadores que ao sentirem o toque caem, raios parta o Miguel lesionar-se sempre em jogos decisivos, raios parta...

A frio
Aconteceu o que eu receava. A tradição cumpriu-se e Portugal foi eliminado pela França. Mas podemos reflectir um pouco acerca do facto de Portugal cair sempre aos pés da França e da Itália. Por alguma razão eu prefiría que o Brasil tivesse passado. Por alguma razão pedia a Alemanha na final.
Ponto 1, quer queiramos quer não, são mais fortes.
Ponto 2 e mais importante, têm defesas implacáveis, ou como diriam os brasileiros, uma zaga que não vacila. Basta ver que Portugal, sempre que encontrou uma defesa mais forte, foi incapaz de fazer mossa. Aconteceu sempre assim com a França e a Itália, aconteceu no europeu com a Grécia (jogo de abertura e final) e aconteceu no final de semana com os ingleses. Se não houver espaço, os nossos jogadores eclipsam.
É pena. Falta lá o saca-rolhas, o abre-latas, enfim.
Cristiano Ronaldo fez na primeira parte das melhores exibições que lhe vi fazer, maduro e objectivo, optando pelo drible quando tinha de ser e não exagerando, apenas para criar desiquilíbrios - fosse sempre assim. No entanto os franceses devem ter levado nas orelhas no intervalo (outra similaridade com a semi-final de 2000), dado que na segunda parte foi completamente anulado, sendo que havia sempre um jogador extra na dobra. Aí, ou a bola não lhe chegava (estava normalmente tapado) ou jogava de primeira ou perdia a bola. Mérito dos franceses.
Deco foi uma nulidade. Aliás, serviu para perder algumas bolas estúpidas, mas ok, concordo que aquele meio campo sem ele é bem pior. De qualquer forma, esperava-se que ele assumisse mais o jogo e desiquilibrasse mais, ou não é ele o brrr mágico?
Gosto muito do Scolari, sempre gostei, mas continuo sem perceber e sou uma pessoa bem paciente a insistência no Pauleta e, ainda menos no Postiga o maior flop de que há memória - o outro ao menos ainda marca no campeonato e aos mija-na-escada.

Ah, um reparo: Os portugueses são sim simuladores, pelo menos alguns deles. É incrível como alguns jogadores não podem sentir um toque, um encosto um sopro que se amandavam logo ao chão. Mais irritante ainda quando ainda tinham oportunidade de jogar a bola. Depois, se os árbitros normalmente já não simpatizam connosco, de cada vez que realmente há uma falta, hesitam em saber se terá sido mesmo falta. Esta fama fizemos por merecer.

Parabéns pelo jogo.
Roma e Pavia não se fizeram num dia e Portugal como selecção tem tido, apesar dos percalços, um percurso ascendente. Espero que não pare de crescer.
Espero também que os jogadores puxem de si todo o brio que já mostraram ter e tragam para casa o 3º lugar. Ah, e que Scolari continue, não vamos dar 20 passos atráz.

terça-feira, julho 04, 2006

Deus é italiano... (parte II)


Na continuidade de um post anterior.
Afinal, não é à toa a proximidade do Vaticano a Roma.
Mais a sério, foi o pior resultado para Portugal. Se já o havia achado da vitória da França contra o Brasil, confirmo-o para a vitória da Itália.
Isto quer dizer que para Portugal ganhar o Mundial tem de derrotar as suas 2 bestas negras: a França e a Itália.
Missão quase impossível num mundial onde a tradição tem prevalecido, senão vejamos:
- a Argentina nunca ganhou em penáltis - quando dependeu dessa situação, perdeu
- a Alemanha nunca perdeu em penáltis - quando dependeu dessa situação, ganhou
- Brasil nos últimos anos perdeu sempre que encontrou franceses pela frente - confirmou-se
- a Itália ganhou sempre que encontrou a Alemanha em fases finais - idem
- a Espanha parece sempre forte, desilude sempre - mais uma vez
- os árbitros nos Mundiais fazem burrada atráz de burrada - idem
- Portugal nos últimos 20 anos ganhou sempre à Inglaterra - ibidem
- Inglaterra nunca ganha aos penáltis em fases finais - confirma-se
- Portugal nos últimos 20 anos raramente perdeu com a Holanda - também

Resta saber se os nossos jogadores conseguem motivação para fazer face à tradição.
Espero bem que sim, mas reitero que é uma missão hiper-difícil, pelo que não os censuro se perderem. Até porque da mesma forma que considerava Portugal sempre mais forte do que a Inglaterra, havendo sempre a possibilidade de um desaire devido a brio, orgulho e motivação extra, o mesmo se aplica no que a Portugal e França diz respeito. Considero, sem pejo, que a França tem melhor plantel do que Portugal, tendo sido sempre melhor equipa; no entanto, acredito que Portugal num dia sim tem possibilidades de ganhar à França.

Mas não haja dúvidas: a França é um peso pesado mundial. E a Itália ainda mais respeito mete.

Força!

sábado, julho 01, 2006

Provavelmente...


... o maior especialista em pénaltis, pelo menos no que a guarda-redes diz respeito.

Já esperava que este jogo fosse dificílimo, pois se ninguém gosta de perder jogo nenhum, este então devería ser encarado pelos ingleses como o "lavar a cara" dos últimos embates.
Talvez por isso tanto medo. Medo do lado da Inglaterra, com receio de perder, e medo da parte de Portugal, pois sabiam a forma como a Inglaterra entraría em campo - também avisados pela forma como entrou a Holanda.

Despesas do jogo por parte da Inglaterra até à expulsão do Rooney. Depois, muito sangue frio dos portugueses, mas verdade seja dita, pouca qualidade de jogo. Há poucas jogadas de troca de bola, há muitas bolas perdidas (para mais, muitas à frente da área) e cada jogador que recebe a bola tem de correr 20 metros com ela antes de a passar a um colega ok, o cristiano corre 50 metros e a probabilidade de passar a bola reduz imenso.
Vale a forma como a equipa defende, como um bloco, como equipa. Realce para a excelente forma do Ricardo Carvalho e Ricardo na baliza.

Há algo no entanto que continua a caracterizar os jogadores portugueses: aquela tendência estúpida de cair ao mínimo sopro toque e depois virarem-se para o árbitro à espera que apite.

Do lado da Inglaterra, destaque para Gerrard confirma-se como o melhor jogador inglês que parecia ser o único a conseguir levar a bola para a frente com critério (ok, uma palavra também para Hargreaves, outro grande jogão), para além de ter impedido que o Miguel fosse mais perigoso (muito bom o apoio a Cole). Destaque também para a entrada de Lennon, que como em outros jogos, acelerou o ataque inglês.

Pena apenas pelo Erickson... parece-me sempre contra-natura torcer contra outro benfiquista.

Continuem as vitórias, venha o Brasil!